Minhas lembranças do meu
primeiro contato com a arte me levam sempre a Monet. Minha primeira visita ao
MASP foi para vê-lo. Durante todo tempo que pensei em vir a Paris, pensava em
poder ver as Ninféias no L’Orangerie. Não a toa, chorei novamente aqui, ao
vê-las! E muito!
O museu fica num dos cantos do
Jardim das Tuleries, meio escondido, e bem a sua porta dei de cara com o Beijo,
do Rodim. Um cartaz anuncia uma exposição especial de Soutine... sorte!
Ao entrar no museu, antes de
chegar as salas com os quadros, há um vestíbulo, todo branco, projetado por
Monet a fim de criar uma válvula de escape entre a cidade e sua obra... um
momento para tomar fôlego antes de penetrar nas Ninféias! É preciso mesmo pois
o ar me fugiu dos pulmões quando as vi! São deslumbrantes! Uma explosão de
azuis e verdes! Não fui a única a chorar...
Quando ofereceu os quadros a cidade
o pintor tinha em mente proporcionar aos parisienses um “remanso de paz” e
convidá-los a contemplar a natureza. Aberta visitação ao público em 1927,
alguns meses depois de sua morte, não causou muita empolgação principalmente
pela crítica, vindo a ser reconhecida apenas depois da segunda grande guerra!
Mas lá estão elas, em todo seu esplendor...
O que veio depois só serviu
para alegrar ainda mais os olhos e o coração: a Coleção Walter-Guillaume em
exposição no andar de baixo do museu apresentando obras de Modigliani, Matisse,
Picasso, Derain, Utrillo e a especial de Soutine!
Vou me aborrecer porque tem
chovido muito em Paris?
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