quinta-feira, 11 de outubro de 2012

L’Orangerie


Minhas lembranças do meu primeiro contato com a arte me levam sempre a Monet. Minha primeira visita ao MASP foi para vê-lo. Durante todo tempo que pensei em vir a Paris, pensava em poder ver as Ninféias no L’Orangerie. Não a toa, chorei novamente aqui, ao vê-las! E muito!

O museu fica num dos cantos do Jardim das Tuleries, meio escondido, e bem a sua porta dei de cara com o Beijo, do Rodim. Um cartaz anuncia uma exposição especial de Soutine... sorte!

Ao entrar no museu, antes de chegar as salas com os quadros, há um vestíbulo, todo branco, projetado por Monet a fim de criar uma válvula de escape entre a cidade e sua obra... um momento para tomar fôlego antes de penetrar nas Ninféias! É preciso mesmo pois o ar me fugiu dos pulmões quando as vi! São deslumbrantes! Uma explosão de azuis e verdes! Não fui a única a chorar...
Quando ofereceu os quadros a cidade o pintor tinha em mente proporcionar aos parisienses um “remanso de paz” e convidá-los a contemplar a natureza. Aberta visitação ao público em 1927, alguns meses depois de sua morte, não causou muita empolgação principalmente pela crítica, vindo a ser reconhecida apenas depois da segunda grande guerra! Mas lá estão elas, em todo seu esplendor...

O que veio depois só serviu para alegrar ainda mais os olhos e o coração: a Coleção Walter-Guillaume em exposição no andar de baixo do museu apresentando obras de Modigliani, Matisse, Picasso, Derain, Utrillo e a especial de Soutine!

Vou me aborrecer porque tem chovido muito em Paris? 




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