Paris é uma cidade plana, e
por causa disso, de quase todos os lugares é possível avistar a Basílica do
Sacré-Coeur, que fica em Montmartre e como o próprio nome diz, está bem no
alto. Saindo do metrô é bom ir se
preparando, pois todos os caminhos levam para cima... para se chegar a Basílica
é preciso subir ladeiras e escadarias. Há um funicolare que faz isso, mas a
fila não vale a pena! O bom é ir por caminhos diferentes da multidão,
conhecendo os encantos de Montmartre!
Sacré-Coeur levou mais de 40
anos para ser construída, foi projetada em pagamento a uma promessa de paz e não é das
igrejas mais bonitas da cidade, mas passando por suas portas eu tive a impressão
que o mundo parou!! Lá dentro reina um silêncio profundo e o cheiro do incenso
e das velas é muito grande... além do que todo o mais é simplesmente LINDO!! O
interior da Basílica é magnífico, com seus vitrais e estátuas, o domo altíssimo,
a luz das velas espalhadas por todos os lados... o coração chega a parar!
A única coisa a fazer é sentar-se,
admirar, e sentir a paz!
Logo na porta de entrada há um
funcionário avisando da proibição de fotos e pedindo aos visitantes silêncio, e
como a maioria respeita, é provável que o clima também se deva a isso, já que
nas outras grandes igrejas a turistada, quase sempre, exagera!
Saindo de lá, e andando pelas
ruazinhas, sente-se o tal clima boêmio tão conhecido do bairro. Uma delícia,
entrar nas lojinhas de souvenirs (que são diferentes das que estão no centro),
ateliers e galerias. A praça onde se concentram os cafés é tomada pelos
artistas que pintam retratos, desenham caricaturas e até recortes em
dobraduras, a quem se dispuser a pagar pelo menos 30 euros!
Descendo um quarteirão está o
motivo principal que me trouxe até aqui: o Espaço Montmarte Salvador Dalí –
Paris. Antes mesmo de entrar na galeria já se pode ver a lojinha que vende os souvenirs
do artista, que são verdadeiras obras de arte... mas é lá dentro que a arte
acontece: são aquarelas, gravuras, esculturas, objetos de decoração, produzidos
pelo mestre do surrealismo. Há também um pequeno curta-metragem mostrando uma
das performances de Dalí que é projetado em um lugar que provavelmente fazia
parte dos subterrâneos da construção, bem surreal!! Na saída, uma galeria que
vende reproduções numeradas e datadas pelo próprio mestre... um espaço bem
chic, onde não há preço nas peças a venda!!!!
E assim, num clima surreal de
boemia, volto a Paris para mais uma noite de chuva na Cidade Luz!
Sem dúvida eu me deteria o máximo que pudesse em Montmartre, pelo pouco de referencias que tenho de lá. Acho que deixar o bairro deve ter sido difícil não é?...rsrs
ResponderExcluirOui, oui... na verdade deixar qualquer lugar aqui é difícil! É tudo tão bonito!!
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