domingo, 30 de maio de 2010

Santa Rosa e seus cheiros

Rua Santa Rosa, alguns poucos quarteirões, meio feia, meio suja, uma confusão de carros, caminhões e gente andando de um lado para o outro como formigas. Essa é a rua das comidinhas, temperos, vinhos e outros quitutes, localizada na Zona Cerealista, no bairro do Brás.

Em frente ao Mercado Municipal, do outro lado da Av. do Estado está localizado o paraíso dos gourmets, com várias lojinhas, empórios, distribuidoras e adegas que vendem tudo que você puder imaginar para cozinhar, comer e beber.

O mais incrível de tudo é o cheiro que o lugar exala! Poucas quadras onde pode-se sentir os mais diversos aromas, dependendo do dia, do vento, do que está chegando para venda. Adoro o cheiro de curry da esquina da Santa Rosa com a Mendes Caldeira, o do alho da Av. Mercúrio com Av. do Estado, enfim, uma surpresa para o olfato a cada pedaço que se anda por ali.

Se no próximo sábado não tiver programa, aproveite para um passeio, não só o olfato mas todos os seus sentidos serão recompensados!

Rua Santa Rosa - Brás




sexta-feira, 19 de março de 2010

MASP Vivo


No final do ano passado, passeando pela Paulista me dei conta do lindo prédio ao lado do Masp, abandonado, pixado, com cara de mal assombrado! Fiquei pensando no desperdício que é ter todo esse espaço que poderia servir de morada prá muita gente, alí, desse jeito, juntando sujeira!

Surpresa! Não está mais abandonado! O Dumont-Adams, esse é o nome dele, vai virar MASP Vivo! Comprado pelo Museu em 2005, com patrocínio da empresa Vivo, esteve envolvido em polêmicas desde então. Primeiro queriam demolí-lo para uma nova construção, uma torre equivalente a um prédio de 30 andares, para ser uma espécie de anexo ao MASP - plano vetado pelo Departamento de Patrimônio Histórico de São Paulo.

Depois de todas as brigas, novos projetos, palpites de todos - justiça e sociedade civil, a reforma começou e parece, sim parece, que o lindo prédio neoclássico será restaurado, mas revestido por uma espécie de pele de vidro, uma fachada, como muitos dos novos prédios da avenida. Que horror!!!

Acho a idéia de transformar esse espaço em um anexo ao museu, bem legal, já que o projeto prevê a abertura de uma escola de pós-graduação em museologia, história de arte e restauro, além de espaço para novas exposições. Talvez a cara que isso venha a ter não seja das mais simpáticas, vamos ter que esperar para ver o resultado final, que acho que nem demorará muito já que a movimentação no local tá bombando!

No topo do prédio, consta que a Nestlé, em troca de um bom dinheirinho, abrirá um café.



vista lateral do Dumont-Adams (fotos by Cinthia Castro)


Fazendo pesquisas sobre esse assunto na net encontrei em um blog algumas fotos do interior do Dumont-Adams feitas quase por acaso pelo Gil, que passava no local e encontrou a porta aberta. Para mais informações sobre meu colega visitem seu blog e Flickr.




quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Pateo do Collegio

Nascedouro de Sampa. Primeira construção da cidade datada de 25 de Janeiro de 1.554 é composto hoje pelo museu onde podemos ver fragmentos da edificação original - de taipa de pilão, a cripta de José de Anchieta, a Igreja no local onde foi rezada a primeira missa, e uma biblioteca.

A cripta, incorporada como espaço do museu, abriga exposições relacionadas a história da cidade e peças da cultura indígena. Já as outras salas do museu expõem arte sacra, pinturas, mapas e maquetes, mas a peça mais impressionante é o Baldaquino - uma espécie de dossel, sustentado por quatro colunas e que é usado para proteger o ostensório, que tem lugar de honra em uma sala própria, toda escura com pequenas luzes no teto como se fossem estrelas a brilhar.

Nos fundos um simpático jardim com uma fonte que proporciona a trilha sonora e as mesas do Café do Pateo, um lugar muito agradável onde se pode fazer desde um lanchinho rápido até um almoço mais refinado.

(fotos by Cinthia Castro)

Estive lá prá comemorar o aniversário de Sampa, sol escaldante na chegada e logo a surpresa: uma tempestade, o que fez com que as mesinhas do Café ficassem lotadas. Em uma delas um grupo de senhorinhas japonesas muito animadas, tirando fotos de tudo e todos nos convidaram para dividirmos sua mesa, já que estávamos de pé, e conformados a passar muito tempo assim, até que o aguaceiro desse trégua. E assim é a cidade, quando menos se espera chove, quando menos se espera encontramos gente elegante e solidária, quando menos se espera somos felizes aqui.



sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Aniversário de Sampa

Visite o site 456 São Paulo e aproveite as dicas para comemorar o aniver da cidade.




Cravo Neto e os Ohtakes

Começo de ano, passeando pela cidade, na verdade matando as saudades depois de uma semana no Rio de Janeiro (que continua lindo!), assim meio sem compromiso, de passeio com uma querida, acabei entrando no Instituto Tomie Ohtake e fui surpreendida por uma exposição de fotos, prá dizer o mínimo, maravilhosa.



Mario Cravo Neto é o Artista, com maiúscula. A beleza de seus retratos é superlativa. Nascido em 47, na Bahia, filho de pai escultor, o Junior, e falecido ano passado na mesma cidade onde nasceu, teve seus trabalhos apresentados em várias Bienais no Brasil, em museus e galerias de New York, livros editados, filmes e curtas produzidos e o mais importante, era dono de um invejável olhar, como vocês podem perceber nas fotos acima. Nem todas estavam expostas no Instituto, mas a primeira, minha preferida entre todas, Lágrimas de Pássaro – 92, foi leiloada em 2005 e alcançou a soma de U$ 2.100,00. Nem só de fotos vivia Cravo, no Ibirapuera há uma escultura sua, Exu, ali ao lado do MAM no Jardim das Esculturas.


O Instituto Tomie Ohtake está abrigado em um prédio de formas e cores absurdamente contrastantes com sua vizinhança em Pinheiros. Projetado pelo arquiteto Ruy Ohtake, e conhecido como o prédio da carambola, foi construído pelo Laboratório Aché em 2.001 para ser a sede de um espaço cultural, além do uso comercial. O projeto inicial previa a construção de um teatro com 700 lugares que até então estava parada por falta de investidores. Segundo Ricardo Mendes da Silva, presidente da Aché "decidimos finalizar o complexo com recursos próprios", a partir do segundo semestre.


Mais um presente prá Sampa! Os paulistanos agradecem!


(foto by Cinthia Castro)