quarta-feira, 27 de maio de 2009

Estação da Luz


Uma das regiões mais bonitas em São Paulo é o entorno da Estação da Luz. Temos ali naquele pedaço várias construções maravilhosas, a começar pela própria estação, que foi projetada pelo arquiteto inglês Charles Henry Driver em estilo neoclássico e viajou de navio peça por peça pelo Oceano Atlântico: pregos, tijolos, madeira, telhas cerâmicas e todo o aço.

A belíssima estrutura de aço escocês (foto by Cinthia Castro)


Aberta ao público em de março de 1901, a Estação da Luz ocupa 7,5 mil m² do Jardim da Luz, onde se encontram as estruturas trazidas da Inglaterra que copiam o Big Ben e a abadia de Westminster. Não demorou muito para que se tornasse o novo marco da cidade por onde passaram personalidades ilustres que tinham a capital como destino e eram obrigadas a desembarcar no local. Empresários, intelectuais, políticos, diplomatas e reis foram recepcionados em seu saguão e por lá passavam ao se despedirem. A estação tornou-se porta de entrada também para imigrantes, ajudando na promoção da pequena vila de tropeiros em uma importante metrópole.

Ao final da Segunda Guerra Mundial o transporte ferroviário foi sendo substituído por aviões, ônibus e carros, muito mais rápidos e a estação foi sendo integrada ao sistema ferroviário metropolitano e em 1975 ao sistema metroviário. Já em 1982 o complexo arquitetônico da Estação da Luz foi tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico - Condephaat.


O relógio visto do Parque da Luz (foto by Cinthia Castro)



quarta-feira, 20 de maio de 2009

Na Consolação

A idéia de criar esse blog surgiu no meio de um congestionamento, coisa tão comum em São Paulo. Vejo muitas pessoas no meio do trânsito aproveitando esse tempo para ler, falar ao telefone, até tirar as sobrancelhas... eu aproveito para apreciar a paisagem. Não que eu não fique irritada por estar presa, dentro de um carro, muitas vezes no calor, com as buzinas gritando o tempo todo, mas já que é inevitável o melhor é achar uma maneira de passar esse tempo com algo produtivo. No meu caso, olhar a cidade, admirar sua arquitetura, sua gente, seu caos.

Foi assim que Ginger em Sampa nasceu. Descendo a Consolação e pensando que apesar de toda a confusão que é viver aqui o meu amor pela cidade é grande. E por que não escrever sobre o que gosto aqui, sobre os lugares a que vou, os meus preferidos, as minhas descobertas, e dividir, e trocar essas informações com as pessoas que sentem o mesmo que eu?

E assim começo esse passeio pela cidade.