quinta-feira, 21 de novembro de 2019

Diário de Viagem, Berlim

Ainda continuo tentando entender minha estada em Berlim. Sabe quando você não sabe muito bem se gostou ou não de alguma coisa, tá na dúvida? Pois é assim que eu me sinto, mesmo já fazendo um tempinho que estive lá, não consigo me decidir!


É claro que a cidade é interessante, palco de acontecimentos históricos recentes e muito relevantes, marcados a céu aberto - é possível ver e tocar pedaços do Muro de Berlim em alguns pontos da cidade, e até mesmo comprá-los (não acredito que sejam legítimos, mas, enfim, deve ter quem compre!). Sempre está rolando algum tipo de protesto no Portão de Brandenburg - em defesa dos animais, pela verdade do que acontece na Venezuela, contra o nazismo, e aquelas que não consegui traduzir do alemão! rsrs

Há também museus importantes que exibem um pouco da história do mundo - o Pergamon com suas coleções de arte da antiguidade clássica e de arte islâmica, ou o Neues Museum que exibe a linda cabeça de Nefertiti, além de tantos outros. Bem no meio do Rio Spree há uma Ilha dos Museus, o que não houve foi tempo, e nem euros, para todos

A cena de arte urbana é igualmente interessante, seja no East Side Gallery - pouco mais de 1km do Muro todo grafitado, seja no bairro de Kreuzberg com a presença ilustre dos Gêmeos, até a Urban Nation uma galeria com trabalhos de grafiteiros de todos os cantos do mundo.

Como boa turista conheci alguns dos pontos mais famosos da cidade: o Portão de Brandenburg, o Reichstag, a Siegessäule - aquela coluna onde ficavam os anjos do Wim Wenders, Alexander e Potsdamer Platz. Comi currywurst na rua e bebi Berliner Weisse no biergarten, peguei chuva, sol, e o  frio que eu tanto adoro, andei sem rumo pelas ruas no outono berlinense. Muitos turistas, menos que em AMS, mas tão barulhentos quanto!

Enfim, fico com essa dúvida, até ter a oportunidade de visitar novamente a cidade!



quarta-feira, 9 de outubro de 2019

Diário de viagem, Amsterdam

Amsterdam é uma cidade encantadora, lembra um pouco aquele kit de montar 'o pequeno engenheiro', e parece ter saído de um conto de fadas! Um conto de fadas chuvoso.

Essa época do ano, outono em Amsterdam, chove. E para. E chove de novo. E sai sol. É assim, as vezes não dá nem tempo de abrir o guarda chuva. As vezes você consegue mas o vento leva embora, porque também venta, bastante!
Mesmo assim com esse tempo meio doido é uma delícia andar pelas ruas estreitas cheias de lojinhas descoladas e cafés e canais e bikes e maconha.

Sim! Amsterdam cheira a maconha. Talvez o povo já esteja acostumado, mas quem tá chegando sente logo a 'brisa' no ar! Sobre as bikes não vou nem falar, ou melhor, vou sim, se bobear, te atropelam! Pedestre não é respeitado em lugar nenhum!

E a cereja do bolo: a praça dos museus com o Museu Nacional, o famoso Rijks e o Museu Van Gogh.
A visita ao Rijks já valeria só pelo prédio maravilhoso, mas lá dentro está um dos mais famosos Rembrandts além da leiteira do Vermeer. Ambos imperdíveis!
Quanto ao Van Gogh, well, os mais belos estão em Paris, mas a lojinha do museu tem os gifts mais incríveis que eu já vi! (Um capítulo a parte é o monte de gente causando tumulto e provocando filas pois agora todo mundo tem que se plugar num audio guia e ficar horas frente a um quadro ouvindo uma voz bonita contando histórias, ou seja, agora também é preciso que alguém te diga o que ver, como ver e o que pensar sobre o que se vê! Onde foi parar a emoção de apenas olhar e 'sentir' uma obra de arte?)

48 horas, esse foi o pouco de tempo que eu fiquei em Amsterdam, me divertindo tentando entender o raio de língua que os caras falam, tentando me fazer entender no raio de língua que eu falo, escolhendo comida por foto e rindo muito dos micos que a gente sempre passa quando frequenta 'festa estranha com gente esquisita'!

Dag, doei, tot ziens Amsterdam!