sexta-feira, 14 de abril de 2017

Diário de viagem XII, Uruguay

Juan Zorrilla de San Martín é o mais famoso poeta uruguaio. Seu poema Tabaré é considerado a epopéia nacional uruguaia. Composto por 4.500 versos fala dos amores do índio Tabaré pela espanhola Blanca, quando da ocupação do rio da Prata por volta do ano 1.580
Zorrilla morava numa casa bem bacanuda as margens do Prata num bairro chicoso de MVDeo. Transformada em museu, guarda seu mobiliário, obras de arte, vestimentas e otras cositas más!

Tarde fria e estou lá admirando os quadros, quando o segurança se aproxima e faz a pergunta clássica:
- Brasileña?
- Sí!
Me chama para ver um quadro em particular - uma aldeia, dois índios, uma mulher branca, e me pergunta se conheço o livro Iracema de José de Alencar. Na hora me lembro das asas da graúna, dos lábios de mel e por aí vai... Ele então esclarece que o quadro faz menção a obra máxima, Tabaré, que é a história contraria de Iracema. Lá, é uma espanhola que se apaixona por um índio!!!

Eis que continuo com a sensação de que somos os menos latino americanos da América Latina, o que é uma lástima!!






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